
E não tem volta. Fiz do delírio minha morada e do conflito meu sentimento. E caberia amor nessa história? Não seria o amor o verdadeiro conflito? E o que é ser verdadeiro? Porque ser verdadeiro?
A tranqüilidade é meu chá diário com a intenção de me deixar menos lúcida, menos acordada, menos eu. E de saber quem eu sou eu já desisti, isso não é possível e isso eu nem quero. E não querer me conhecer me leva mais próxima ao que eu realmente poderia ser, ou desejo ser, ou não queira ser mesmo sendo.
O delírio é o motivo de todas as mudanças constantes na casa, no corpo, na alma e
O delírio me pega pelo pescoço e me obriga a beijá-lo e me obriga a gostar dele, a sentir prazer com ele. E eu nada posso fazer a não ser fazer o que ele quer, ou o que eu quero, ou só fazer, sem tentar procurar explicação e sentido para tudo que em mim acontece. Sim, agora nada mais faz sentido, nada mais posso explicar, nem essas palavras toscas e sem graça que escolho para definir algo que não se pode aprisionar em letras.
Escolher o delírio não é fácil, nem difícil. É só uma escolha. É só um caminho. É só isso. É estar só. Sozinha.
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