domingo, 18 de dezembro de 2011


Disparo contra o sol.
Sou forte, sou por acaso.(8)


Perdi o jeito. É, o jeito. Não sei mais como começar e terminar textos, perdi aquelas frases prontas e impactantes que fechavam o texto ‘em grande estilo’. O pior é que continua todo o resto aqui, perdido, misturado, bagunçado da minha cabeça.
Já escrevi, apaguei, reescrevi, voltei a escrevi vários começos e nada. Não é uma sensação de vazio, é uma sensação de que não tenho nada pra falar, entende? Nada de importante. Não que antes eu tinha, mas é que.

Sei lá!

A chuva começou e eu nem percebi. Às vezes sinto que a vida começou e eu continuo sentada esperando o prêmio da mega, ou um presente qualquer. Algo que caia do céu. Nada me irrita mais do que essa minha passividade, essa falta do ‘ir em frente’.

Ando cansada das minhas variações.

Às vezes parece que a vida está com uma 38 apontada na minha cara e gritando, perguntando o que eu quero com ela. E eu não faço a mínima idéia. Algumas pessoas vivem um dia de cada vez, ando vivendo meio e saindo cansada no fim da tarde. As pessoas possuem sonhos, metas e uma profissão. Eu só quero acordar bem menos assustada que ontem. Crescer é assustador.

Tudo é duro e fere.

Mas ao mesmo tempo. Esquece, é isso. Esquece. Ninguém vai te ver diferente por ter medo de não ter como pagar as contas, afinal todo mundo tem contas a pagar. É que me deu uma saudade besta de acreditar que viver poderia ser fácil. Só isso.
A chuva parou, a noite está indo embora e eu não faço idéia de como acabar esse texto.

Hoje eu sou por acaso.

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