terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Rita matou o nosso amor
De vigança
Nem de herança deixou
Levou os meus planos
Meu pobre enganos
Os meus vinte anos
O meu coração
E além de tudo
Me deixou mudo
Um violão




- (...) A Rita não levou meus vinte anos. Ela me presenteou com anos inesquecíveis, com beijos burocráticos, com carinhos esporádicos, com declarações inexistentes, com abraços quase ausentes, com seu jeito particular de me dar amor, que eu tanto demorei a entender...
E hoje não há mais que se pensar em tudo que ela levou...Para o passado deixo meus mais belos momentos registrados em fotografias não reveladas e poesias mal-escritas em pedaços de papel que, embora envelheçam, mantém vivo o mais límpido sentimento daqueles tempos...Eu não tenho um violão para ficar mudo, nem um disco de Noel para ir buscar. Mas tenho um carinho que não me deixa dizer adeus.
Certa vez, ela me disse que não tinha noção de onde nosso amor chegaria, mas que ao final eu teria uma bela história pra contar. Hoje, tenho sim essa história, a qual me reservo o direito exclusivo de conhecer. Mas ela não acaba aqui - na vida não há um final! (...)

Nenhum comentário:

Postar um comentário