terça-feira, 17 de maio de 2011




Hoje não é nenhum dia especial, não é feriado, não tem nenhuma data comemorativa e não estamos iniciando a semana, afinal hoje, não é a famosa ‘segunda-feira’ dia de começar, ou re-começar, ou de dieta, ou qualquer outra denominação para cheiro de novidade.



Mas não sei porque, na verdade, sei bem porque me deu uma vontade imensa de me organizar. Sim, milagres existem. Rs



Sabe quando te dar aquela imensa vontade de limpar a casa, o guarda-roupa, reler as cartas antigas de amor, jogar fora as velhas-contas-pagas-com-muito-custo, colocar as roupas pra lavar, o lixo pra fora, lavar o banheiro e espalhar pela casa aquele cheirinho gostoso de bom-ar-ou-confort [sempre fui viciada no cheiro daquele amaciante]? Sabe quando te da vontade de acordar cedo, ir caminhar ouvindo uma boa música, almoçar com os amigos e parar de dramatizar? Ou quando te da vontade de pintar o cabelo, fazer uma nova tatuagem, terminar os trabalhos-atrasados-a-anos e pegar um bom livro pra ler? Eu to com vontade disso tudo e muito mais.



Acho que isso é vontade de viver, de olhar pra trás e valorizar o que você finalmente aprendeu, de se cuidar. Isso! Se cuidar...eu vou cuidar mais de mim.



Não porque eu sou egoísta e não porque eu não seja, compreende? Mas porque me deixei de lado tanto tempo. Não dei carinho pro meu corpo e coitado! Cuida e me carrega a tantos anos sem reclamar ou pedir férias. Ele precisa de um pouco de cuidado, eu também.



E hoje uma palavra se fez ordem: DESAPEGO.



Sou possessiva demais, tanto com meus amigos quanto com meu travesseiro. Hoje aprendi um pouco mais sobre essa história de ‘possuir’. As aspas são por um motivo óbvio, ninguém possui nada. A gente pega emprestado, no máximo. Rs



Nem a gente é da gente, quem dirá qualquer outra coisa fora do nosso próprio corpo. Não quero mais isso pra mim, não quero mais me apegar, fantasiar, fantasiar e fantasiar. Quero a realidade simples e crua e nua e.



Quero perder o medo, o medo de viver de ver, de rever, de aprender as coisas. Nessa minha mania de fazer dos acontecimentos um espetáculo me apaixonei pelo trama e pelo suspense. Ta na hora de aprender que não é todo dia que a gente tem uma história nova pra contar e que isso não é ruim. Isso parece simples pra quem ta lendo, mas pra quem vive de sonhos como eu não é tão fácil assim. Perdoe-me, gosto de imaginar.



Mas dessa caminhada de quase três anos tenho orgulho de uma coisa, deixei vários preconceitos meus pra trás. Hoje, brilho meus olhos, ao dizer que sou mais humana.



No início dessa loucura toda, desse curso de Comunicação, aprendi que não sou comunicativa e tão pouco diferente. Aprendi que todo mundo pode ensinar algo, basta que eu dê liberdade para tal aprendizagem. Aprendi também que a gente não vê o crescimento passo a passo, a gente simplesmente cresce e vê, quando se percebe já se está maduro. E isso não aprendi na sala, lendo o quadro, mas ouvindo quem me fazia companhia nessa sala.



Com a faculdade aprendi que as lições mais importantes a gente não aprende na sala, nem no papel de aluno-professor, mas sim nas conversas na escada, no intervalo e nos erros. Aaah, os erros, como são importantes.



E uma dessas lições importantes que aprendi nesse ambiente amplo que é a faculdade é que tudo é passageiro, tudo é fase. E que este fato não tira a importância dos acontecimentos, dos romances, dos conflitos ou dos amigos. Porque cada um tem sua importância, cada um vai te ensinar uma coisa essencial para a próxima fase.



E ó, o segredo do belo ta aqui dentro. O caminho é off, é in.


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